1Então, diz o SENHOR, o inimigo quebrará os selos dos túmulos dos reis de Judá, dos governantes, dos profetas e do povo; pegará nos seus ossos e os espalhará pelo chão.2Esses ossos não tornarão a ser apanhados e sepultados, mas antes espalhados como estrume pelo chão, à luz do Sol, sob a claridade da Lua e das estrelas, esses que eram os deuses deste povo e a quem amaram e prestaram culto.3E a gente desta nação maligna que for deixada ainda com vida desejará muito mais morrer do que ir viver para onde os espalharei, diz o SENHOR dos exércitos.
Pecado e castigo
4Mais uma vez dá-lhes esta mensagem do SENHOR. Quando uma pessoa cai, procura levantar-se; se encetou caminho por uma estrada errada e verifica que se enganou, voltará para trás, até ao cruzamento onde se enganou na direção.5Mas esta gente continua no seu trilho errado, mesmo tendo-os eu avisado.6Ouço a sua conversa e que é que ouço? Ouvirei eu alguém triste por ter pecado? Haverá alguém a dizer: ‘Que coisa terrível que eu fiz!’? Não! Todos eles descem como loucos pelo caminho do pecado, tão velozes como cavalos correndo para a batalha!7Até a cegonha conhece o tempo em que deve emigrar e o mesmo acontece com outras aves, como a rola, o grou e a andorinha. Todas sabem regressar na altura que Deus lhes indica, em cada ano, mas isso não é para o meu povo! Não aceitam as leis do SENHOR.8Como podem dizer: ‘Nós compreendemos a sua Lei’, quando os vossos escribas a distorceram de forma a poder significar aquilo que eu nunca disse?9Essas pessoas tão sábias ficarão cobertas de vergonha com o exílio que o vosso pecado vos trouxer, porque rejeitaram a palavra do SENHOR. Veremos se nessa altura terão assim tanta sabedoria!10Por isso, darei as suas mulheres e as suas quintas a outros, porque todos eles, grandes e pequenos, profetas e sacerdotes têm atualmente uma só coisa em mente, apossar-se do que não é deles.11Tratam as feridas do meu povo com remédios perfeitamente ineficazes, pois lhe asseguram que tudo vai bem, quando não é nada assim.12Serão eles capazes de ter vergonha de adorar outros deuses? Absolutamente! Nem um bocadinho sequer! Eles nem são capazes de corar! É por isso que hei de fazer que morram entre os vencidos.13Castigá-los-ei com a morte. Os seus figos e as suas uvas desaparecerão; as suas árvores de fruto secarão; desaparecerão em breve todas as boas coisas que preparei para eles.”14Então o povo dirá: “Porque haveremos então de esperar aqui para morrer? Venham, vamos para as cidades fortificadas e morreremos lá! Porque o SENHOR, nosso Deus, decretou a nossa condenação e dá-nos a beber uma taça de veneno, por causa dos nossos pecados.15Esperávamos a paz e não foi paz que tivemos! Contávamos com o bem-estar e chega-nos o terror!”16“O ruído da guerra já soa na fronteira do norte. Toda a terra treme à aproximação daquele tremendo exército, porque o inimigo aproxima-se e vai devorando a terra e tudo o que nela encontra, tanto as povoações como os seus habitantes.17Porque eu enviarei essas tropas adversárias para o vosso meio como serpentes envenenadas que ninguém poderá encantar. Façam o que fizerem, elas vos morderão e vocês hão de morrer”, diz o SENHOR.18A minha mágoa não tem consolação; o meu coração será destruído.19Ouçam o choro do meu povo por toda a terra. “Não está o SENHOR em Sião?”, perguntam. “Esta terra já não tem o seu Rei?” E o SENHOR responde-lhes: “Oh! Porque é que eles me provocaram com os seus ídolos esculpidos, com aqueles ritos perversos e extravagantes?”20“Acabou a sega; passou o verão e nós não estamos salvos!”21Choro pela ferida do meu povo. Estou espantado, sem fala, mudo de angústia.22Já não há remédio em Gileade? Não haverá ali um médico? Porque é que não houve cura para o meu povo?